sábado, 15 de fevereiro de 2014

Reflexão

VERDADEIROS AMIGOS
Cristina Caffé 


Ontem, dia da amizade, me fez refletir sobre o que é ser amigo de verdade.

Durante toda vida criamos laços de amizade: na vizinhança, na escola, no trabalho, na igreja enfim... em todos os lugares que frequentamos e/ou permanecemos por um determinado período. Entre essas pessoas, encontramos aquelas com as quais nos identificamos mais, descobrimos semelhanças, coisas em comum e com elas estreitamos a relação e ficamos amigos. 

Enquanto moramos e/ou frequentamos os mesmos lugares, encontramos essas pessoas com maior frequência e esta convivência faz com que nos tornemos mas próximos. Mas quando as coisas mudam e a distância se instala, apenas aquelas com as quais mais conversamos, ajudamos, fizemos confidências e partilhamos vivências, tornam-se verdadeiras amigas.

Acredito que entre amigos não importa se não moram perto, se demoram a se falar ou se o corre-corre dificulta os encontros porque se tem a certeza de que, com ele, sempre podemos contar, principalmente nos momentos difíceis ou de solidão.

Entre amigos não existe cobranças nem exigências e sim trocas. O amigo vibra com a sua felicidade e conquistas; lhe dá apoio, conselhos, o ombro; ouve os seus desabafos; respeita o seu silêncio, lhe dá um abraço, carinho e até bronca, quando é preciso. Entre amigos existe cumplicidade e respeito.

Pode passar o tempo que for, pode haver distância de terras ou dificuldade de contatos mas sempre que se encontram tudo parece como antes porque um conhece o outro: seus gostos, suas atitudes e reações, seu jeito de falar e escutar, suas virtudes e até seus defeitos ou forma diferente de ser e agir. Mas nada disso tem importância maior do que a amizade que os une.

Algumas vezes acontece, embora acredite ser raro, de um dos dois se distanciar sem que se entenda os motivos. De uma hora pra outra, pode acontecer daquele que acreditamos ser um amigo verdadeiro, nunca mais nos procurar, se mostrar indiferente quando nos encontram, agir de uma forma totalmente diferente do que eram habituados. Até o diálogo, tão fácil e natural até então, vira monossílabos. Neste caso fica parecendo que, do lado de quem “sumiu”, não era uma amizade verdadeira mas de ocasião. Provavelmente arranjou alguém que lhe substituiu naquilo que precisava. Ou então houve algo não esclarecido, mal resolvido, que deixou mágoa, marcas... Mas será, que mesmo em um caso como este, um amigo de verdade não teria a liberdade de perguntar, ir em busca da verdade? Este também é um caso que merece reflexão.

E você, o que acredita ser um amigo de verdade?



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